“A primeira vez que escrevi para Lucélia foi como colaborador na novela “Guerra dos Sexos”. Logo percebi que ela era inteligente e fazia uma ótima leitura do personagem, uma menina dissimulada e muito ambiciosa, que se fazia de coitadinha.
Na hora da escalação de “Vereda Tropical”, o nome dela logo se tornou um consenso para fazer a heroína Silvana, que ia batalhar a novela inteira para conseguir ficar com seu filho, disputado por ela e pelo avô rico do garoto. Era muito bom assistir as interações de Silvana com seu filho Zeca Pedra.
Enfrentou outra disputa, pelo coração do jogador de futebol Luca. A química foi ótima entre Lucélia e Mário Gomes, assim como com a ricaça Verônica, feita deliciosamente por Maria Zilda.
“Vereda” foi uma novela bem escalada que, graças a Deus, pegou com o público logo de entrada e Lucélia é uma das principais razões de tudo ter dado certo.
Como telespectador gostei muito de ver Lucélia em “Cidadão Brasileiro” (Rede Record – 2006), de Lauro César Muniz, onde ela deu vida a uma mulher completamente oposta à nossa Silvana. Brilhou como uma oportunista interesseira que não desperdiçava nenhuma chance para se dar bem.
Foi um prazer trabalhar com ela”.
Carlos Lombardi
Colaborador da novela “Guerra dos Sexos” (1983), ao lado de Sílvio de Abreu, e autor de “Vereda Tropical” (1984), sua primeira novela solo na Rede Globo.
Por E-mail em 04.11.2020.